Dr. Ari, em seu gabinete na praça, dialoga com o vereador e companheiro de partido dr. Parisotto. Fotos: Ivan Gomes |
Vice-prefeito de Itatiba, Ari Hauck, o dr. Ari (REDE),
recebeu visita de seu colega partidário e também de profissão, José Parisotto,
em seu “gabinete” na Praça da Bandeira, Centro de Itatiba. Durante o encontro,
as principais lideranças da REDE Sustentabilidade no município aproveitaram
para pôr papo em dia e debater questões ligadas à eleição de outubro.
Além da visita do vereador, Hauck também atendeu a população
que tem feito muitas reclamações ao vice sobre a situação do município,
principalmente nos bairros mais afastados da área central.
Doutor, como foi o
papo com o colega de partido Parisotto?
Na verdade, estamos sempre em contato. Como o dr. Parisotto
tem muita atividade cirúrgica, acaba tendo menos tempo no horário comercial, e
faz tempo que ele me deve esta visita. Como naqueles dias se esgotava o prazo
de filiações e troca de partido para futuras candidaturas, conversamos sobre a
vinda de novas adesões à REDE e resolvemos marcar uma reunião extraordinária
aberta a todos os filiados para traçarmos os próximos passos.
Como o senhor se
sente quando recebe visita de figuras políticas do município em área pública?
A proposta da Rede Sustentabilidade é de que todo cidadão é
um ser político e deve ser atuante. O nojo e a revolta contra os políticos apenas
favorecem a maracutáia que fica sem a fiscalização do eleitor. Por isso o ‘gabinete
na praça’ tem este papel de dar voz às pessoas indignadas.
Quando alguém que já tem uma expressão pública comparece ao
Gabinete, fica comprovado que o meu papel de estimulador social está em bom
caminho. Todas as quartas-feiras tem alguma personalidade me visitando, seja da
oposição ou mesmo da Administração que passa por alí como que sondando nosso
sucesso ou espionando quem nos dá apoio.
Por isso as fotos são feitas das costas do visitante, para
evitar perseguição, que é a marca desta administração PSDB, vingativa,
rancorosa e incoerente, nada cristã como quer se fazer crer nos cansativos
discursos.
No período de quase 8 meses na praça, dr. Ari acredita que tem contribuído para nova política |
Sobre as reclamações,
o senhor que está há anos rompido com o prefeito João Fattori (PSDB), como tem
auxiliado as pessoas que o procuram?
Minha ruptura com o Fattori se deu justamente por eu
discordar de sua postura vingativa, centralizadora, antidemocrática, autoritária,
sem transparência e oportunista.
O objetivo de estar disponível ao cidadão não é o de ser um
“quebra galho” de questões pessoais como faz a maioria dos vereadores. Até
porque, jamais a administração me faria qualquer favorecimento, e eu nunca usei
disso.
No ‘gabinete da praça’ ensino a ‘pescar’, dou orientações
necessárias para as pessoas serem atendidas pela administração dentro das
normas, nada de furar fila ou dar um jeitinho. Algumas vezes até mostro que
administração tem suas dificuldades, como agora no pós-alagamentos.
O que mais conversamos é que os moradores devem se unir para
resolver problemas que são comuns e não cair na mão de politiqueiros
oportunistas, os eternos vereadores profissionais com suas listinhas de
clientes devedores de favores.
As pessoas devem se organizar e documentar suas
reinvindicações, conhecer e seguir as leis para salvaguardar seus direitos.
Principalmente acompanhar a política municipal e nacional para não serem
enganados por grupos das ultrapassadas direita ou esquerda.
O senhor vai para o
oitavo mês de trabalho na praça, qual avaliação pode ser feita até o momento?
Parece mesmo a gestação de uma nova política. Quando se fala
em sustentabilidade falamos de uma postura pessoal coerente com as ideias de
preservação da vida. Não tem nada a ver com Capitalismo, Comunismo ou
Socialismo; nem direita nem esquerda.
Salvo algumas exceções europeias, nenhum destes regimes políticos
avançou o suficiente para garantir uma vida digna a seus cidadãos, até porque,
é o indivíduo que em última instância escolhe o que vai escolher ou fazer.
Assim, a proposta do ‘gabinete na praça’ não é de
proselitismo político, mas é o de estimular e dialogar com as pessoas na busca
de caminhos que apontem ao bem comum e não ao individualismo, o oportunismo ou
o partidarismo de favores.
É a autoridade servindo ao cidadão e não de busca do poder a
qualquer custo, nem o do quanto pior melhor, mas sim um trabalho de ‘empoderamento’
social.
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