quinta-feira, 25 de junho de 2015

Resgate de uma história quase nunca lembrada

Fotos: Arquivo Pessoal
O escritor, à direita, com seu filho e esposa
O Brasil é um país com mais de 500 anos, com muita história, mas muitas às vezes são quase esquecidas, mas sempre alguém vai a fundo e busca trazer luz para algo que não ficou muito bem contado ou que quase nunca é lembrada. Sorocabana, União e Luta! é uma dessas histórias que o advogado e escritor Antonio Pedroso Junior, 61, foi resgatar.

Autor de outros livros, como “Subsídios para a História da Repressão em Bauru”; “Porões Sem Limites”; “Márcio, o Guerrilheiro”; “Subversivos Anônimos”; “Sargento Darcy, Lugar Tenente de Lamarca”. Coautor de “Futebol & Ditadura”, que relata a história de Nando Antunes, irmão de Zico, perseguido pelo regime militar, Pedroso traz à tona o drama dos ferroviários punidos pelo Golpe Militar. “Sempre busquei resgatar a memória do meu pai e de seus companheiros de luta, e como consequência deste trabalho de resgate, surgiu o Sorocabana – União e Luta”, afirma o autor. Abaixo você confere entrevista na íntegra sobre esta obra histórica.

Agência Popular: Como surgiu a ideia de escrever o livro?
Antonio Pedroso Junior: Para viabilizar a publicação deste livro, tive contribuição de dois importantes aliados: Rubens de Souza e Antonio Neto, da CSB. O primeiro incentivando e abrindo portas, e o segundo, viabilizando a publicação.

AP: O livro é um relato de um momento histórico muito importante. Qual o público que o senhor acredita atingir com ele?
APJ: Estudantes e a juventude em geral, buscando mostrar para as novas gerações a importância de vivermos em país livre e democrático, com a inexistência de censura, prisões por crimes de opinião e torturas.

AP: Entre tantas histórias, alguma mexeu com sua emoção em algum momento? Em caso positivo, qual?
APJ: Muitas mexem com a emoção ao recordar o passado e principalmente ler as histórias coerentes de luta destes líderes da classe ferroviária. Homens como Guarino Fernandes dos Santos, Celestino dos Santos, Massilon Bueno, Luís Bascheira não deveriam vir a este mundo, de forma passageira e sim, perene.

O escritor, ao centro, junto com amigos
AP: O mercado editorial brasileiro está preparado para comercialização de obras como esta?
APJ: O que atrapalha o mercado editorial brasileiro e consequentemente o acesso à leitura de nosso povo, é a vil figura do atravessador, neste caso representado pelas grandes livrarias, que ousam cobrar 50% de comissão para venda de um livro.

AP: Haverá lançamento da obra em São Paulo, no fim deste mês. Quais outros lugares estão agendados?
APJ: Sim, lançaremos no dia 27 [sábado] no Memorial da Resistência, no Largo General Osório, 64, Santa Efigênia. Um local altamente simbólico por ter abrigado durante décadas o temível DOPS, a polícia política encarregada de combater a militância política contrária aos regimes de exceção. Posteriormente em 3 de julho, estaremos lançando no Centro Cultural de Botucatu e em outras cidades, como Bauru, Prudente, Assis, Ribeirão Preto com o apoio dos companheiros Rubens de Souza e Antonio Neto.

AP: Além desta obra, o senhor pretende lançar algo mais?
APJ: Sim, a luta pelo resgate da verdade histórica não pode parar. Estou trabalhando no II volume do Subversivos Anônimos e também no levantamento da história da FAC – Frente Anticomunista – órgão paramilitar de direita que perseguia com armas na mão, os militantes dos movimentos populares.

AP: Grato pela entrevista e deixo espaço para algum comentário que o senhor considere importante e não tenha sido perguntado.
APJ: Agradeço a oportunidade, ficando à disposição de vocês para toda vez que entenderem como necessário. E espero todos, lá no Memorial da Resistência, no Largo General Osório, neste sábado (27), às 14h. 

quarta-feira, 17 de junho de 2015

Ari Hauck participa da 5ª Conferência de Saúde em Itatiba

Fotos: Ivan Gomes
O vice-prefeito de Itatiba, Ari Hauck, o dr. Ari, participou entre a tarde e noite de terça-feira (16) da 5ª Conferência de Saúde, realizada no teatro Ralino Zambotto. Diversos assuntos referentes ao tema foram apresentados e votados por dezenas de pessoas que estiveram presentes ao evento.

Ao final da votação das propostas para melhorias do atendimento à saúde no município, houve escolha dos representantes itatibenses que estarão em conferência regional na cidade de Campinas, entre 6 e 7 de julho e, mais tarde, nos representarão na Conferência Nacional de Saúde em Brasília onde serão definidas diretrizes de trabalho para os próximos dois anos. Assim que os trabalhos foram encerrados, Hauck falou sobre a conferência e outros assuntos.

Blog: Ari, faça um balanço sobre a conferência.
Ari Hauck: Esta foi a conferência com menor participação social nos últimos anos. Basta ver o esvaziamento do teatro. Acho que as pessoas estão descrentes e decepcionadas com a gestão municipal pois tinham muitas expectativas neste governo e se viram excluídas do processo.

B: Quais propostas que mais chamaram atenção pelo lado positivo e houve alguma com aspecto negativo?
AH: Do lado positivo, nada de novo, apenas repetição de exigências ainda não atendidas como a implantação da “Ouvidoria da Saúde”, “Plano de Carreira”. A única boa novidade é a de se fazer uma Lei que implanta o programa de “Doula”, em apoio à gestante e parturiente.
Quanto as demais, temos as mesmas cobranças de direitos dos pacientes como manutenção de prédios, reformas, exames, farmácia em todas as unidades, mais médicos, atendimento mais humanizado.
Da parte dos trabalhadores também as mesmas exigências de direitos como auxilio transporte, ajuda de custos, capacitação. Também exigências de que o secretário [Luiz Simões] cumpra suas obrigações de melhor administrar recursos, veículos, contratos, serviços, como o esquecido CAPS. Assim como exigências de apoio financeiro e logístico por parte do governo do Estado e Ministério da Saúde.

B: Como o senhor recebeu a proposta das enfermeiras em reduzir o horário de atendimento para 30 horas semanais?
AH: Este é um projeto que está no Congresso Nacional onde já foram aprovadas as reduções de psicólogo, nutricionista, terapeutas. Este pleito é um equívoco das lideranças destas categorias, alimentado pelos setores privados. Eles justificam que assim poderão exercer outros empregos e melhorar suas rendas. Na verdade, vão se tornar escravos do mercado de trabalho desenvolvendo suas atividades por mais de 12 horas diárias, quando o ideal seria lutarem por um piso salarial digno, como fazem os professores, e assim poderem se dedicar a um único emprego e a suas famílias com dignidade.

B: Sua proposta foi em ter reajuste salarial justo às enfermeiras para manter 8 horas de atendimento. Como analisa a negativa das profissionais? A redução da carga horária pode prejudicar os pacientes?
AH: Vai prejudicar em muito. Na verdade, isso vai abrir uma brecha para se contratar profissionais por apenas 4 horas. Quem entra as 7 horas e sai às 13h, ou fica sem atividade na hora de almoço ou obriga os pacientes a deixarem suas famílias na hora do almoço, como infelizmente, já fazem alguns médicos. Essa proposta, obrigará as prefeituras a contratar duas enfermeiras no lugar de uma. Vai encarecer e sucatear qualquer serviço, seja público ou privado que trabalhe no horário comercial comum a todos as pessoas. Além disso vai piorar o desgaste de quem trabalha com a enfermagem, sem obterem uma melhoria salarial que compense este sacrifício.

"Gestão de serviço não é dar uma passadinha no gabinete", Ari Hauck, vice-prefeito 

B: O senhor será um dos representantes de Itatiba na conferência estadual em Campinas. Quais são suas expectativas?
AH: Já participei de outras conferências e, pela minha formação e atuação como professor na Faculdade de Medicina na área de gestão em saúde pública, espero levar adiante as necessidades da população e dos profissionais de saúde no sentido de que estas sejam atendidas com mais eficiência por parte dos gestores. Gostaria de aprovar critérios onde os gestores fossem responsabilizados por agirem ‘politiqueiramente’ usurpando os direitos dos cidadãos e dos trabalhadores.

B: Deixo espaço para algum comentário que considere importante e não tenha sido perguntado.
AH: Hoje entendemos como atitude saudável, a melhor compreensão e percepção por parte das pessoas daqueles fatores que lhe garantem melhor qualidade de Vida e, portanto, de Saúde; assim como, a atitude de luta pacífica e determinada para garantir seus direitos.
A Constituição Britânica [Bill of Rights – Carta dos Direitos] completou ontem 800 anos. A palestrante de hoje comentou que “a guerra [e a violência] nivela as pessoas em seus direitos e deveres”. Isso pode ter sido real até o século passado, mas não mais hoje. Basta de violência! [mesmo a verbal].
Não podemos aceitar que os deputados perdoem a dívida de R$ 2 bilhões que os planos de saúde têm com o SUS! Não podemos aceitar que eles aprovem a PEC 451/14 que aprova a obrigatoriedade de contratar planos de saúde nas empresas [que serão subsidiados pelo SUS]. Não podemos aceitar que advogados e juízes determinem os gastos na saúde. Não podemos aceitar que ‘politiqueiros’ usem a saúde como palanque eleitoral, como nosso secretário de saúde que se ‘pavaneia’ de colocar especialistas [estudantes] para atender saúde escolar e esquece que é sua obrigação dar condições para que a equipe de saúde do bairro se integre à escola ao seu lado.

segunda-feira, 15 de junho de 2015

Servidores de Itatiba rejeitam proposta e mantém greve

Fotos: Ivan Gomes
Servidores municipais de Itatiba que estão em greve desde o dia 1º, recusaram, em assembleia realizada segunda-feira (15) à noite na Praça da Bandeira, proposta realizada pela prefeitura. A maioria dos grevistas que compareceu ao ato optou em manter a paralisação.

Segundo o presidente do Sindicato dos Servidores, Rodnei Silvano, a proposta foi considerada razoável. “Eles ofereceram 7,5% de reajusta agora, retroativo a maio, mais 0,67% em janeiro e 10% no cartão alimentação. Para que isso ocorra, eles pedem, em contrapartida, que os funcionários desistam do processo que está na Justiça referente a 1,42%, que é a diferença sobre o reajuste do ano passado”, comentou.

A assembleia estava marcada para 18h mas começou com atraso. Além do presidente do sindicato, o advogado Rodrigo Francisco também falou aos presentes e disse ser favorável ao acordo. “Terei uma postura diferente, impopular, mas o acordo é razoável, tanto que o promotor [Fábio Vieira] disse que se fosse ruim ele não iniciaria a negociação. Além do que foi proposto, a prefeitura também aceitou pagar normalmente os dias parados”, afirmou.

A presidente do Sindicato dos Professores, Débora Oliveira, também foi favorável ao acordo. “Não é ruim, ao menos este ano não teremos perdas”, comentou. Após os discursos dos representantes sindicais, vários grevistas tiveram direto à fala e mostraram descontentamento com o item que pede para desistirem da ação do ano anterior.

Com espaço aberto, alguns servidores mais exaltados mostraram indignação com a postura dos sindicalistas, que afirmaram que a proposta era razoável, e questionaram as lideranças. Os ânimos foram contidos e em votação, a maioria recusou a proposta e decidiu manter a paralisação.

Novo ato está marcado para terça-feira (16), às 14h, também na Praça da Bandeira. Ao final da assembleia, alguns grevistas admitiram que a proposta não era ruim e mesmo com a recusa da maioria em relação à proposta, devem voltar ao trabalho. “A greve para mim acabou e saímos sem nada desta vez”, disse uma professora que pediu para não ter seu nome divulgado.   

quinta-feira, 4 de junho de 2015

Greves sem efeito ou insensibilidade governamental?


As greves em geral, principalmente do funcionalismo público, sejam elas em âmbito estadual ou municipal, não surtem mais efeitos como deveriam. Será que elas se tornaram inócuas ou há muita insensibilidade governamental? O que temos acompanhado por meio de vários órgãos de imprensa é que muitos servidores estão há meses paralisados e até o momento não há qualquer sinalização de acordo e fim do movimento grevista.

Muitos professores da rede estadual em São Paulo estão há mais de dois meses paralisados e neste período, além de não conseguirem um acordo. ainda foram vítimas de repressão policial durante manifestos nas tentativas de chamar atenção das autoridades para o diálogo, algo mínimo que pode ocorrer em um país que se diz democrático.

Com a falta de confabulação, não há acordos e a paralisação se estende e não sabemos quando isso chegará ao fim. O que sabemos é que os servidores são prejudicados tanto quanto quem depende da prestação de seus serviços. Outro problema que contribui para que as paralisações não surtam o mesmo efeito é a falta de união entre a classe. As greves tornam-se inócuas quando pequena parcela de trabalhadores adere ao movimento.

Se houvesse no mínimo 70% da classe trabalhadora paralisada com certeza o governo teria pensado abrir negociação, mas como é uma minoria, faz de conta que ela não existe e busca-se uma maneira de suprir a ausência dos que cobram melhores condições salariais e de trabalho. E dessa maneira a roda continua a girar e tanto os profissionais e as pessoas que deles dependem ficam a ver navios.

A falta de união entre os profissionais é gritante e isso contribui para que as melhorias não ocorram e enfraqueça o movimento grevista. Outro problema é que a população, grande parte dela, que sempre teve “um pé atrás” com o funcionalismo público, agora fique ainda mais e deixe de apoiar a paralisação. Por isso não perca tempo em pedir apoio, é preciso lutar com o que tem em mãos. Vale lembrar que o ganho de uma categoria impulsiona que outras consigam objetivos semelhantes.

E o que mais impressiona é que a crise atual, em relação as greves, ocorra em locais governados por pessoas do PSDB (Partido da Social Democracia Brasileira), isso mesmo, aquele partido que lançou um candidato para concorrer à presidência mas que devido a sua derrota nas urnas passa maior parte dos dias apenas em críticas ao governo federal e com afirmações duvidosas de que seu partido e asseclas estão acima do bem e do mal, como o PT (Partido dos Trabalhadores) em outras épocas. E muitos ainda choram que esta pessoa não esteja à frente do país. O governo Dilma é ruim, mas e os governos tucanos?

E as greves chegaram aos municípios. Assim como em junho de 2014, parte dos servidores municipais de Itatiba está paralisada. Não houve acordo com a administração e o movimento teve data para começar mas não sabemos quando chegará ao final. Parte deste filme conhecemos e já acompanhamos, infelizmente. Que estes que estão nas ruas tenham força para seguir à labuta e contribuam para que a partir do próximo ano, quando haverá eleições, mostrem o quanto é importante refletir, e muito, antes de teclar números nas urnas eletrônicas.

O final das greves não será como Hollywood, não haverá final feliz. Haverá semanas (ou meses) de paralisação, cansaço e desgaste dos servidores, ações judiciais e um problema imenso para que o futuro prefeito/governador resolva. É assim que funcionam os governos tucanos: sucateiam a estrutura, privatizam ao léu, criam pedágios e deixam a conta para que os outros paguem. E este preço nos afeta pelo nosso descaso em não participar ativamente da vida pública. A greve é um ato político! Deixe um pouco seu pseudoconforto de lado e procure ver a situação por outros ângulos. A realidade é muito mais cruel do que você imagina.   

terça-feira, 2 de junho de 2015

Ari Hauck ministra palestra para estudantes em Bom Jesus dos Perdões

Fotos: Ivan Gomes
O vice-prefeito de Itatiba Ari Hauck, o dr. Ari, atualmente sem partido, ministrou palestra para estudantes da Rede Estadual de Ensino na Câmara Municipal de Bom Jesus dos Perdões, durante a noite de sexta-feira (29).

O evento fez parte da programação da Câmara do referido município e Hauck falou sobre política e cidadania para alunos do 1º ao 3º ano do Ensino Médio. Ao final da palestra, Hauck abriu espaço para perguntas e os professores presentes aproveitaram para fazer questionamentos ao médico e vice-prefeito.
Hauck considerou como positiva sua participação no seminário. “Esses eventos são importantes para estimularmos a conscientização dos jovens no sentido de tomarem pé da realidade e fazerem escolhas corretas em busca de sua felicidade, sem esquecer que isto depende de uma sociedade harmônica. Neste último encontro com jovens e professores as intervenções levaram à discussão sobre a estrutura familiar enquanto determinantes dos problemas sociais, por isso a importância de uma família estruturada”, comentou.

O vice argumentou a importância da família e criticou o governo. “Mas como manter uma estrutura familiar em um sistema econômico que além de compelir as pessoas a um consumo desenfreado e desnecessário, também fragiliza a família frente a empregabilidade. Vejam a discussão no Congresso sobre a terceirização no trabalho e as greves em setores essenciais como na educação. Como pode um prefeito, um governante, falar da importância da família, com argumentos religiosos, e ao mesmo tempo negar reajuste salarial abaixo do índice de inflação? Isto é jogo de cena, politicagem ou manobra para contratos super faturados em outras áreas? Afinal, a família não é o mais importante?”, questionou Hauck.

Ele também falou sobre a discussão da maioridade penal. “Atualmente apela-se para prisão com a diminuição da maioridade penal, quando os problemas da violência na juventude, todos têm origem em famílias desestruturadas, vítimas da injustiça social, precariedade do sistema educacional e dos arrochos salariais como vemos neste momento”, encerrou. 

segunda-feira, 1 de junho de 2015

‘Sou um vice-prefeito de oposição’, afirma Ari

Fotos: Ivan Gomes
Durante conferência da Rede Sustentabilidade, Ari Hauck (sem partido) fala sobre sua atual situação política em Itatiba

“Sou um vice-prefeito de oposição”. Foi com essas palavras que o vice-prefeito de Itatiba, Ari Hauck, o dr. Ari, atualmente sem partido, definiu sua situação política no município, durante debate em conferência da Rede Sustentabilidade realizada no sábado (30), em São Paulo.

Hauck relatou sua experiência política e os problemas pelos quais o município tem passado atualmente. “Já estamos vivendo a corrida das eleições municipais e devemos ter muito critério para fazer coligações e não se repetir o que aconteceu comigo de ‘entrar de gaiato no navio’ e ser usado para eleger as raposas da política travestidas de ‘cordeiros de Deus’. Os entendimentos devem ser baseados em projetos e programas feitos com transparência e com a participação do colegiado do partido”, declarou. Além do vice-prefeito, o vereador Washington Bortolossi (PPS) também esteve presente e teceu comentários sobre a situação política de Itatiba.

Ao final do evento, Hauck falou sobre a criação da Rede. O novo partido deve ter seu registro oficializado até o final deste mês. “Neste momento em que vivemos crises de todos os tipos é quase natural que sejamos tomados por muita revolta e desânimo. Fica difícil escolher um caminho que possa levar a uma ‘reconstrução’ do País. São 38 partidos políticos em disputa por seus interesses e usam e abusam da confiança do eleitor. Vemos as mídias, jornais e TVs divulgando notícias de acordo com os interesses únicos de seus proprietários TODOS LIGADOS a grupos políticos”, afirmou o vice.

Para Hauck, com este clima, as opções são difíceis. “Desde junho de 2013 as ruas têm sido palco de revoltas. No entanto, não há lideranças nem porta-vozes ou pautas claras com as exigências. Nisso os partidos tentam se apropriar destes movimentos. Por outro lado, a infiltração de grupos violentos, convocados ou pagos tanto por grupos de extrema direita como também se diz pela esquerda, enfraqueceram a participação cidadã nestes momentos. Insistir neste caminho tem levado ao desânimo e muitos têm medo de que se encaminhe para uma comoção social, como querem e provocam os grupos de direita”, comentou.

O vice-prefeito aguarda registro do partido e que ele seja capaz de contribuir com algumas mudanças. “Com estes dilemas e esperanças estamos há cinco anos discutindo e buscando uma saída. Nossa esperança é que o partido REDE SUSTENTABILIDADE venha trazer uma resposta. Agora está na mão do TSE [Tribunal Superior Eleitoral] o reconhecimento desta luta de cinco anos. Outro caminho é o embate político. No entanto, veja-se o Congresso, teremos algum partido confiável?”, encerra Hauck.