Moradores do bairro dos Pires pedem retorno do dr. Ari

Na semana passada, moradores do bairro dos Pires pediram
retorno do dr. Ari para atender no posto de saúde.
Fotos: Ivan Gomes

Moradores do bairro dos Pires e adjacências pedem o retorno do vice-prefeito Ari Hauck, o dr. Ari (Rede), para prestar atendimento como médico no posto de saúde do referido local. Usuários do sistema público de saúde encontraram o vice em seu “gabinete” na Praça da Bandeira, Centro. “O senhor precisa voltar, estamos sem atendimento”, comentou um morador, que teve seu pedido ampliado por outros que passaram pela praça, na quarta-feira (23).

Enquanto alguns pedem o retorno do médico, um grupo de moradores do bairro Pedro Costa pediu mais atenção para o local, que segundo eles, está em completo abandono. “Os prédios têm problemas, necessitam de manutenção básica, pintura e ter coleta de lixo com mais frequência devido ao acúmulo deste material”, reclamaram.

Outro ponto de discussão no gabinete foi referente a atual situação político partidário pela qual passa o país. Cidadãos reclamam da presidente, do governador e também dos representantes locais, sendo as principais críticas ao atual prefeito. “Como um administrador pode deixar uma prefeitura fechada por duas semanas? Tem coisas que só vemos em Itatiba”, reclamou um usuário do sistema público de saúde.

Doutor, como o senhor analisa o pedido dos pacientes do bairro dos Pires referente ao seu retorno para atendê-los como médico?

É lamentável e revoltante a postura do dr. Simões, [secretário de saúde] do prefeito João Fattori [PSDB-SP] e também a omissão do Conselho Municipal de Saúde. Ainda que houvesse motivo grave para afastar o médico, seria importante pensar nas consequências para a população. Neste caso, a demissão do médico foi única e exclusivamente vingança pessoal por eu ter feito denúncia ao Ministério Público que resultou em Inquérito Administrativo. Os moradores recorreram a um vereador da situação que declarou ser impossível demover o prefeito, mesmo que toda a população de Itatiba assine a petição dos moradores, pois é uma decisão pessoal. Estou aguardando uma resposta judicial para voltar a atender os moradores.

Sobre o Pedro Costa, fora recolher o lixo, a prefeitura tem outras responsabilidades referentes ao bairro?

Na verdade, a responsabilidade pelos maiores problemas dos moradores é principalmente do CDHU, que é órgão do Governo do Estado. Mas, por ser administrado politicamente acaba tendo atuação ineficaz. O que o prefeito poderia fazer seria pressionar politicamente o governador Alckmin para sermos bem atendidos. Além disso, o prefeito poderia ser mais transparente no atendimento aos moradores esclarecendo e negociando melhorias nos serviços públicos no bairro.

Reclamação contra políticos também foram feitas pelos
cidadãos que passaram pela praça

Com tantas críticas aos políticos, o senhor faz parte dessa classe, como deve ocorrer as eleições em outubro? Acredita que poderemos ter recorde de abstenções? Existe saída a médio e curto prazo para essa descrença?

Só esta pergunta daria para fazer uma palestra de 2 horas ou mais.

Primeiro, minha atuação política.

Como médico vindo de uma família simples e trabalhadora, tenho a visão de que a doença e o sofrimento humano são provocados, em sua maior parte, pelas condições sociais da população. Tais condições de vida são resultados das decisões políticas tomadas pelos governantes e por nossos representantes. Desta forma é impossível para mim ficar omisso. Quando jovem militei pela redemocratização do país, fui vereador de oposição e me decepcionei. Fiquei afastado por quase 10 anos quando fui convidado a voltar à política como candidato a vice-prefeito. Aceitei superando meus preconceitos contra partidos (PSDB e PV) acreditando nas pessoas do dr. Simões e João Fattori, pensando que minha proposta de melhorar o atendimento à saúde fosse respeitada. Deu no que deu, mais decepção.

Segundo, as próximas eleições.

Há uma rejeição muito grande ao atual prefeito, fruto de sua falta de transparência e falta de diálogo com atitudes autoritárias que já lhe renderam duas condenações judiciais e muitos inquéritos em andamento.  Isso entusiasmou a pré-candidatura de pelo menos oito postulantes. Se isso acontecer será a salvação do continuísmo.

Este momento é o de sabedoria sem vaidades e fantasias pessoais, buscando-se uma unidade pró-renovação da política municipal. Historicamente a abstenção, voto nulo e em branco são menores nas eleições municipais. No entanto, a decepção e o ódio aos políticos podem trazer surpresas nestas eleições.

Mudanças poderão ocorrer dependendo do sucesso e da isenção das operações “Lava-Jato” e “Zelotes”. Caso a PF, o MPF e o STF cheguem a fundo no combate à corrupção, condenando corruptos em todos os partidos não só no governo federal, mas também nos estados e municípios. Caso tudo termine em pizza, com certeza a decepção causará muito mais danos, talvez irreparáveis.

Enfim, 2016 nos reserva muitas dúvidas e esperanças.

Como sou um eterno otimista e confio que sempre prevalecerá o bem, desejo a todos que no Ano Novo não percamos a Fé e a Esperança, porém lembremos o que dizem os mestres: “Viver é um ato de Amor, tudo assim decorre de nossa capacidade de construir a Paz.”

Namastê! Os Homens de boa vontade terão a Paz!  

População reclama sobre serviços públicos

Doutor Ari atende munícipe em seu 'gabinete' na Praça da
Bandeira, Centro de Itatiba. Fotos: Ivan Gomes

O vice-prefeito de Itatiba Ari Hauck, o dr. Ari (Rede), esteve em seu “gabinete” na Praça da Bandeira, Centro de Itatiba, na quarta-feira (16) e ouviu os populares que o visitaram. Entre os assuntos mais abordados, problemas com serviços públicos foram os mais reclamados.

Dois moradores reclamaram sobre a atual situação do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ). “A situação está muito complicada, parece até que a administração esqueceu daquele local. O atendimento tem ficado muito a desejar”, comentaram.

Outro assunto muito discutido foi em relação as duas semanas que os setores da prefeitura ficarão parados para festas de Natal e fim de ano. “Os postinhos fecham está sexta [18] e retornam somente em 4 de janeiro, acho isso um absurdo”, reclamou uma moradora. Após a fala da mulher, outros cidadãos fizeram a mesma queixa.

Doutor, o senhor tem informações sobre o CCZ? Qual medida pode ser adotada para amenizar os problemas caso eles realmente ocorram?

Seria ótimo poder falar sobre a Paz e a felicidade do Natal, com solidariedade entre os homens e o respeito a todos os seres vivos, especialmente com os animais que vivem a nossa volta. Infelizmente hoje o papel de Zoonoses está totalmente indefinido por falta de interesse e mesmo de capacidade técnica da administração, que não sabe o que fazer com isso, apesar do PV estar como capacho do PSDB.

Quando foi montada na década de 1990, a zoonose tinha incumbência principal de controlar a raiva canina e prevenir algumas ameaças de epidemias que felizmente acabaram por não ocorrer. Com poucas funções, virou depósito de animais apreendidos em vias públicas, mal dando conta do recado.

Hoje, com estrutura inadequada e subutilizada, atendendo mais os interesses de funcionários que dos animais, deixa muito a desejar. O que fazer?

O CCZ deveria ser entendido de uma forma mais abrangente, dentro de um Programa de Saúde Animal com aspecto social, afetivo, educativo e também epidemiológico.

E a paralisação do serviço municipal por duas semanas durante o período natalino. Como o senhor avalia a situação e como vê as reclamações da população?

Me pergunto o que é isso? Como pode uma coisa dessa? Uma greve oficial [um lock out]?

Na verdade, é mais um atestado de incompetência. Querem fazer o povo acreditar que é apenas um descansinho de fim de ano. Que grande empresa pode se dar este luxo? Apesar de haver queda na demanda de serviços na administração pública, não se justifica fechar a prefeitura, como se seus serviços fossem totalmente dispensáveis.

Maioria dos cidadãos não concorda com paralisação dos
serviços públicos por duas semanas e reclamaram ao vice-
prefeito

Com certeza haverá a cada manhã, aglomeração na porta do Ambulatório Central e das UBSs, com pessoas mal informadas e muitas até com agendamento para consultas e em busca de tratamentos.  

Tudo por conta de um planejamento não feito, que não reservou verbas para custear os serviços públicos no último mês do ano. Decreta-se recesso total de serviços, devido gastos dirigidos para fins de promoção pessoal e falta de recursos para o que é essencial.

Doutor, o gabinete na praça o aproxima das pessoas. Como o senhor analisa as reclamações recebidas? Afinal, dos que param, a maioria é para reclamar.

Esta experiência tem me ajudado muito em minhas reflexões sobre a questão da Democracia e da representatividade política.

Primeiro, estas pessoas que reclamam, mostram que há de fato uma exclusão de segmentos sociais na gestão dos destinos da sociedade. Isso é o que se define nas ciências sociais como luta de classes, uns poucos formam uma tropa de elite que decidem tudo, geralmente a seu favor e esquecem a maioria. Isso é uma coisa que os ‘coxinhas’ fingem não entender e, dominando a mídia, difundem o falso conceito de que esta ‘trupe de elite’ é que vai defender e salvar a comunidade.

O Gabinete na Praça lembra a origem da democracia na Grécia, onde as pessoas levavam seus problemas comuns para serem discutidos e definidos pelo conjunto dos cidadãoes [algo que seria a base do comunismo - um ideal que nunca se concretizou].

Em segundo lugar; quem nunca é ouvido, quem não é respeitado e não participa, quem não recebe nem uma migalha de atenção, de conhecimentos e formação educacional, só pode mesmo é reclamar, até que toda essa indignação irrompe em fuga da realidade, doença, drogadição ou violência social.

Daí minha luta pela inclusão política dos cidadãos, até como forma de prevenção de doenças e promoção da saúde. Somente com a inclusão e participação das pessoas na política poderemos ter um feliz Natal e um próspero Ano Novo.

"Talvez as minhas maiores loucuras de hoje sejam amanhã minhas melhores lembranças" 

Prefeitura sem combustível: prioridade é planejar propaganda

O vice-prefeito critica a administração
pela falta de recursos básicos.
Foto: Ivan Gomes

Carros oficiais da Prefeitura de Itatiba estão sem combustível, segundo informações do vice-prefeito Ari Hauck, o dr. Ari (Rede). “Pais de alunos e funcionários comentaram comigo que os ônibus que transportam alunos não rodam desde a semana passada e com isso muitos alunos não comparecerão à última semana de aula”, afirmou o vice.

Hauck comentou ainda que os servidores disseram que apenas carros de emergência tem combustível para rodar. “Saúde e segurança. Somente para estas duas secretarias tem combustível. E alguns servidores que me procuraram temem que esse combustível termine antes de nova compra”, comentou.

Doutor, muitos irão culpar a falta de repasse de verbas por parte dos governos estadual e federal. Em tempos de crise econômica, com queda de arrecadação, isso era esperado. Podemos afirmar que a administração municipal cometeu erros em não poupar recursos?

É obvio que isto reflete toda falta de planejamento por parte dos secretários de Planejamento e de Finanças, mas principalmente do prefeito [João Fattori-PSDB]. Na verdade, nada se faz sem a ordem do prefeito, nenhum secretário tem autonomia, todos são submissos à vontade maior. Enfim, a prioridade sempre foi o marketing e a visibilidade eleitoreira, nunca a necessidade da população. Toda prefeitura está parando, esta situação é prova da falta de responsabilidade e autoritarismo.

Mas isso ocorreu em outras oportunidades, em anos nos quais as verbas eram liberadas normalmente. Como mudar esta situação? Será que todo final de ano será esse ‘caos’?

Sem dúvida, isso é o que acontece com uma administração politiqueira e despótica. Veja se a proposta de Orçamento Municipal para 2016, que deveria ser enviada aos vereadores e à população em setembro para dar tempo de ser analisada e receber sugestões. Ao contrário, o prefeito exigiu de seus vereadores que rejeitassem a emenda do dr. Parisotto transferindo recursos da propaganda para dar às creches.

Por outro lado, este caos está embutido e aprovado pelos vereadores da situação, pois um orçamento onde o prefeito exige ter uma margem de 40% das verbas para suas manobras, mostra bem que não existe planejamento físico-financeiro. Assim poderíamos demitir seus secretários e extinguir estas duas secretarias. A solução é afastar o prefeito e seus vereadores para o bem da cidade.

O senhor acredita que seu rompimento político com o prefeito não mostra que a administração tucana tem muitos defeitos?

Bem ... o pior cego é o que não quer ver.

Com tantos problemas, como o senhor vê a situação da imprensa itatibense que não noticia os principais fatos ocorridos no município?

Imprensa em Itatiba? Onde?

Como o senhor analisa as críticas que o Jornal de Itatiba fez ao vereador de oposição José Parisotto, seu colega na Rede Sustentabilidade, em afirmar que ele será o líder do partido no município e que em seu informativo apenas preocupou-se em mostrar os erros da atual administração e não comentou nada sobre seu mandato?

Para este tipo de comercio de [poucas] informações, nada mais que normal tal comportamento interesseiro. Onde só publica informações que não correspondem a verdade, sem direito ao contraditório. Só publica um comentário unicamente porque afinal a população recebeu um informativo sobre a atuação de um vereador que tem a coragem de se contrapor a todo este autoritarismo.

O senhor pensa que com uma mídia mais crítica, talvez a administração não cometesse tantos “deslizes”?

Sem dúvida. O monopólio da informação é que mantem a ignorância e o crime de colarinho branco. Isso se mantém desta forma desde seu surgimento, sempre querendo tapar a boca e sufocar outras mídias, veja-se o caso da Rádio da Paz, que é comandada por um padre. 

Atendimento na saúde preocupa maior parte da população itatibense

Grande parte da população está insatisfeita com a saúde no
município. Toda semana há reclamação. Fotos: Ivan Gomes

A cada semana a população demonstra descontentamento com a política partidária em Itatiba. Na quarta-feira (2), as reclamações da população aumentaram no gabinete do vice-prefeito Ari Hauck, o dr. Ari (Rede). Problemas em relação a saúde, infraestrutura e educação foram os mais citados.

De acordo com a população, os problemas na saúde são preocupantes. Várias vezes o vice-prefeito foi indagado sobre a atual situação. “Vendo as imensas filas na saúde, com marcação de consultas uma vez por mês, restrição de exames, cancelamento de cirurgias, como no antigo INPS, me fez recordar este passado”, comentou.

Hauck falou também sobre implantação do SUS (Sistema Único de Saúde) no município. “Posso falar com segurança e tranquilidade sobre a saúde pública em Itatiba porque, há mais de 40 anos, é esta minha especialidade. Na década de 1980, Itatiba tinha um Posto do INPS [Instituto Nacional de Providências Sociais] e único Centro de Saúde, do qual fui diretor. Nesta época fiz o planejamento para implantação do SUS consegui com o secretário estadual de saúde, dr. José Aristodemo Pinotti, verbas para construção de oito unidades básicas de saúde quando o prefeito foi Mauricio Camargo”, relembrou.

"O resultado desta onipotência e autoritarismo está aí. Um retorno ao antigo INPS, a volta ao pior do passado"

A criação do SUS em Itatiba trouxe problemas para Hauck. “Teve médico que me acusou de acabar com os consultórios particulares. Logo em seguida sofri tanta perseguição que pedi transferência para Jundiaí e nem vi a inauguração de ‘minhas UBSs’. Foi unicamente para ter a oportunidade de voltar e oferecer a nossa Itatiba um atendimento melhor que aceitei ser candidato a vice-prefeito. Também por este motivo não exigi ser o secretário de saúde, acreditei que com Fattori [prefeito] e dr. Simões [secretário de saúde] éramos uma equipe e que o Programa de Governo seria respeitado. Que como Coordenador de Atenção Primária eu seria ouvido e poderia contribuir com novas propostas para que a rede de postos de saúde fosse mais eficiente e resolutiva”, explicou o vice-prefeito.

Ele falou também que os problemas no setor de saúde foi um dos motivos pelo qual rompeu politicamente com o prefeito. “Minha esperança por um trabalho em equipe e de realizar um programa de governo acabou logo após a reeleição de Fattori. No primeiro mandato até consegui a proeza de aumentar as equipes de PSF, do Núcleo de Apoio e uma equipe de coordenação. Consegui verbas para a construção de cinco novas UBSs, três Academias de Saúde e para a reforma de todas as demais UBSs. Foi descentralizada a coleta de exames de laboratório. Toda esta expansão foi feita com melhora da qualidade do atendimento nas UBSs, com médicos participantes e mais dedicados, com enfermagem valorizada e estimulada. Tudo foi acabando após os resultados eleitorais de 2012. O poder subiu à cabeça dos eleitos e nem gabinete no novo Centro Administrativo me foi designado. Fui sendo excluindo, desrespeitado e todo meu trabalho foi para o lixo”, avaliou Hauck. “O resultado desta onipotência e autoritarismo está aí. Um retorno ao antigo INPS, a volta ao pior do passado”.

Dr. Ari tem ouvido várias queixas da população referentes
aos problemas no município

PROBLEMAS

A educação também foi lembrada. Além de problemas na rede municipal, houve comentários sobre o sucateamento que as escolas estaduais sofrem em Itatiba. Uma das questões abordadas no papo com a população foi no comparativo entre os governos municipal e estadual, pois ambos são do PSDB. “Não se pode ignorar que a máxima do PSDB é o privilégio dos serviços privados, ainda que seja pelo sucateamento do serviço público. Com mais de 20 anos no poder, chegar a este ponto é mesmo um atestado de incompetência. Mas também isso é coisa de gente prepotente, muito acostumada ao poder e despreparada para uma administração eficiente, com planejamento e trabalho em equipe”, apontou o vice.

Hauck também foi questionado sobre a morosidade para realização das obras de pavimentação no bairro Nova Esperança, além da qualidade do serviço prestada. “Fiz visita àquela localidade e constatei a péssima qualidade do trabalho ali executado. Se a fiscalização de obras aceitar a entrega do trabalho com certeza incorrerá em crime administrativo. As verbas foram liberadas há mais de três anos pela presidente Dilma [Rousseff-PT], através do PAC 2 [Programa de Aceleração do Crescimento], prevendo água, esgoto, eletricidade, calçadas, enfim, toda a infraestrutura. A oferta de água é feita pelo DAE de Valinhos. Falei com o prefeito de Valinhos e o vice que é presidente do DAE [lá o vice tem gabinete] e eles estão abertos a melhorar a distribuição de água e a recolher e tratar o esgoto. Entretanto o prefeito Fattori e a SABESP se recusam a conversar e fizeram projeto mirabolante e irracional de levar água de Itatiba até a divisa com Valinhos e trazer o esgoto até a estação de tratamento de Itatiba. Uma rede de 7,8 Km em linha reta, passando pela Serra dos Cocaes, sem contar com estações de elevação e recalque.  Que vai pagar por isso?”, questionou.

O vice também se assusta e entende a irritação da população em relação a classe política. Desde agosto com atendimento na Praça da Bandeira, ele disse que “o máximo que ouvi foi que poderia ter feito muito mais”, encerrou.

Jornalista e ex editor do Bom Dia visita dr. Ari em ‘gabinete’ na Praça da Bandeira

Política foi o assunto principal do diálogo entre jornalista e
vice-prefeito. Fotos: Ivan Gomes

O jornalista e ex editor-chefe do extinto jornal Bom Dia Itatiba, Rubens Souza, visitou o vice-prefeito Ari Hauck, o dr. Ari (Rede), em seu ‘gabinete’ na Praça da Bandeira, durante à tarde de quarta-feira (25). A visita ocorreu devido a curiosidade de Souza em relação ao atendimento que o vice tem prestado à população.

“Vim visitá-lo por dois motivos: primeiro para rever um amigo e saudá-lo. O segundo motivo é reverenciar a democracia, pois como ele despacha em praça pública, tem todo esse simbolismo democrático. E essa maneira do dr. Ari montar o gabinete em espaço público, é a melhor maneira de enfrentar os tiranos”, comentou Souza.

Além do jornalista, Hauck atendeu dezenas de pessoas, entre elas, moradores de municípios da região e mesmo uma portuguesa que estava de passagem pelo local. “Muito curioso ver um político em local público nos tempos atuais”, comentou uma mulher que parou para falar com o vice. “Aqui pelo Centro até que Itatiba não está mal, mas a periferia tem sinais de abandono”, comentou uma moradora de Atibaia.

Como tem sido frequente, o vice ouviu muitas reclamações dos populares que transitavam pela praça. “Peço ao senhor para que nos ajude, moramos no bairro Real Parque Dom Pedro e a situação das ruas com as chuvas ficou calamitosa. Não sabemos para quem pedir apoio, pois nos sentimos abandonados”, reclamou um grupo de moradores.

Um morador do bairro Novo Horizonte também teceu críticas referente a falta de manutenção nas vias públicas. “A rua na qual está situada minha casa vira quase um rio quando chove. Já reclamei para alguns vereadores e até o momento ninguém me ajudou. Não sei mais o que fazer”, comentou.

SAÚDE

Entre as pessoas que passaram pelo gabinete, a maioria reclamou sobre os problemas da área de saúde. “Doutor, como faremos sem o senhor para nos atender? Além da falta de médicos, faltam medicamentos, demora para realização de exames e mesmo consultas”, afirmou uma moradora.

Doutor, a saúde e o lixo continuam sendo os problemas mais reclamados no gabinete. Como resolver estes problemas ou ao menos amenizar a situação?

Estas reclamações são mais frequentes que as de segurança, que também é motivo de preocupação. No entanto, saúde e coleta de lixo e de resíduos sólidos são atribuições diretas da prefeitura. Não são problemas que se resolvem com simples esqueminhas e acordos. São problemas sérios que exigiria planejamento e acompanhamento pessoal e constante dos [ir]responsáveis. Tudo que planejei e tentei implantar no primeiro mandato, tanto na saúde como no Meio Ambiente, que cuida do lixo, foi desmontado, destruído, desrespeitado. Esta administração não tem capacitação técnica, só faz aquilo que dá votos em seu modo de entender. A administração Fattori é muito ‘politiqueira’ e mesquinha, não está nem um pouco preocupado com a cidade de Itatiba e com seus cidadãos.

Moradores de outras localidades aprovaram a atitude de Hauck
em atender a população na praça

Mesmo com o rompimento político do senhor com o prefeito, como o senhor consegue ou pode ajudar as pessoas que lhe procuram?

Tenho que reconhecer que cometi um erro ao apoiar o prefeito [João Fattori-PSDB] em sua reeleição. Logo antes de sua segunda posse foi ficando cada vez mais claro o seu afastamento de nosso Plano de Governo e de suas promessas eleitorais. Ainda tentei sensibilizá-lo a retomar os projetos iniciais, mas foi em vão. Me afastei logo no início do mandato. Se, enquanto estávamos com bom relacionamento, dificilmente eu era atendido, agora muito menos.

O objetivo de instalar um ‘Gabinete na Praça’ não é o de dar o peixe, mas sim orientar e ensinar as pessoas a serem autônomas e ativas socialmente. Somente este ativismo da sociedade é que vai mudar o pais através de uma política séria, ética e sustentável.

A frequência de visitas ao gabinete tem aumentado a cada semana. O que o senhor pensa sobre isso? Seria um reflexo de que os representantes do povo não estão próximos?

Sim, há total afastamento das autoridades e vereadores, salvo raras exceções. A política que está aí, é mais um projeto deturpado de se manter no poder a qualquer custo, é uma ‘politicagem’ de interesse pessoal e suja. O cidadão quer, merece e exige mudança no comportamento político e na própria estrutura política do País. Este é o meu propósito com o ‘Gabinete na Praça’, ensinar a pescar, passar minha experiência para que outros possam dar continuidade num projeto de cidadania. 

Presidente do Sindicato dos Servidores visita dr. Ari em ‘gabinete’ na Praça

Vice-prefeito de Itatiba, dr. Ari, com Rodnei Silvano, presidente
do Sindicato dos Servidores. Fotos: Ivan Gomes

O presidente do Sindicato dos Servidores Públicos de Itatiba e Morungaba, Rodnei Silvano, visitou o vice-prefeito Ari Hauck, o dr. Ari, em seu ‘gabinete’ na Praça da Bandeira, durante tarde de quarta-feira (18).

Ao ser recebido pelo vice, Silvano elogiou atitude de Hauck e também a maneira como tem cumprido sua função política. “O vice-prefeito [dr. Ari] deveria ter espaço no Paço Municipal. Como não tem, está certo em fazê-lo na rua. Todo político precisa estar ao lado do povo. É preciso mostrar à população o que é essa administração e como ainda pode piorar, caso elejam o candidato que tiver apoio do prefeito [João Fattori-PSDB] nas eleições do próximo ano”, apontou.

Durante conversa, o sindicalista e o vice-prefeito debateram sobre o momento político municipal e federal, além de problemas que são reclamados diariamente tanto pela população como por servidores municipais.

DEMANDAS

Além do papo com o presidente sindical, Hauck ouviu as pessoas que transitavam pelo espaço público e novamente respondeu sobre sua demissão como médico da Rede Pública. Muitas pessoas estão indignadas com atitude do chefe do Executivo itatibense, responsável pela demissão do vice de seu cargo.

Doutor, a ‘nova estrutura do gabinete’ chama atenção e atrai mais pessoas para o diálogo?

Sim, é verdade, a colocação do guarda sol e da mesa na praça chama mais atenção, especialmente de pessoas que não me conhecem pessoalmente, afinal todos estes anos o [prefeito] Fattori fez de tudo para anular e omitir, mas usar meu nome na administração. Inclusive o Jornal de Itatiba raramente publica minha foto e nunca me concedeu espaço ou entrevista.

O senhor e o presidente do Sindicato dos Servidores conversaram sobre vários assuntos. O que mais lhe chamou atenção durante troca de informações?

Há um descontentamento muito grande entre os funcionários. Muitos com medo de perseguições como ocorreu comigo. Há também muita indignação com as manipulações ‘administrativas’, como agora que querem dar ponto facultativo de duas semanas no final de ano por conta do fim de ano e Natal, mas que na verdade parece ser uma forma de ‘economia de palito’, por conta da falta de planejamento orçamentário no decorrer do ano.

Dr. Ari, acompanhado do sindicalista ouviu a população em
'gabinete' improvisado

Há de fato diminuição na demanda de trabalho em alguns setores, mas a generalização pode ser vista como forma de desvalorizar o serviço público. A população não pode ficar sem serviço público por 15 dias. Os funcionários sérios e dedicados sabem disso, sabem que há tarefas inadiáveis no final do ano e não querem ser vistos como ‘folgados’.

As reclamações contra a atual administração prosseguem. Como fazer com que as pessoas, além de reclamarem, partam para algo mais concreto com intuito de mudar a atual situação?

As pessoas precisam se manifestar mais e em todas as ocasiões, se qual for seu instrumento. Seja na internet, na escola, nas ruas, em todos os cantos. Claro que as manifestações organizadas e permanentes dão melhores resultados na solução de problemas, ainda que demorem, mas não podemos desanimar. Estamos vendo as Associações de Bairro, os Conselhos em geral esvaziados e inoperantes pela indiferença e por falta de respostas por parte do prefeito e secretários. As audiências públicas são vazias e sem representatividade, ocorrem apenas com presença de funcionários, principalmente os comissionados.

Quero que este Gabinete na Praça seja um estímulo permanente a participação social, não apenas uma forma de protesto. A presença de uma autoridade ou seus representantes nas ruas, de forma organizada, seja do executivo ou de vereadores, pode servir de um indutor da fiscalização e controle social que o eleitor deve ter sobre o seu representante eleito. 

Moradores do bairro dos Pires pedem volta do dr. Ari

Dr. Ari durante reunião na unidade de saúde no bairro dos Pires
Fotos: Ivan Gomes

Usuários da UBS questionam Secretário de Saúde, Luiz Simões, motivo do afastamento de médico

Moradores do bairro dos Pires e adjacências iniciaram no dia 11, abaixo assinado que pede a volta de Ari Hauck, o dr. Ari, para atuar como médico da unidade de saúde. O vice-prefeito, que atendia na rede pública como contratado pela Santa Casa, foi demitido há 3 semanas.

A reunião do conselho local de saúde é realizada mensalmente, mas desta vez teve presença inesperada do secretário de saúde, Luiz Gonçalves Simões, algo que jamais havia ocorrido. Durante encontro, o secretário foi questionado pelos moradores sobre demissão de Hauck. “Foi uma questão administrativa. Passamos por uma reorganização onde demitimos mais de 20 funcionários, não necessariamente uma pessoa específica”, comentou.

Após as falas do secretário, Hauck pediu para falar, mas logo em seguida, Simões alegou que precisava sair. “Minha demissão não é nada administrativa. Estas 20 demissões ocorreram em vários momentos nestes 2 ou 3 anos, nenhuma agora. Ela foi isolada, foi pura questão de vingança política por decisão do prefeito [João] Fattori, devido eu ter encaminhado várias irregularidades ao Ministério Público”, afirmou o vice-prefeito.

Parte do abaixo assinado que pede
retorno do dr. Ari

Indignados com a resposta do secretário, moradores comentaram pedido de retorno de Hauck. “Nós não podemos ser prejudicados pelo jogo político. A explicação do secretário não justificou e deixa claro que houve perseguição política e isso afetou negativamente os moradores”, comentou uma paciente.

PROBLEMAS

A tentativa de explicação do secretário não passou pelo crivo popular. A demissão de Hauck do quadro de médicos no momento em que Itatiba tem carência de profissionais é no mínimo surpreendente. O próprio Simões afirmou no local que a situação só não é pior devido ao programa “Mais Médicos”, do Governo Federal. “Muitos criticam o programa [Mais Médicos]. Mas eu como secretário não posso fazer isso. Se não fosse essa medida, teríamos somente três médicos no município”, declarou.

Surpresa: secretário de saúde, dr. Simões,
também esteve presente à reunião

Das pessoas presentes à reunião, todas assinaram abaixo assinado e levariam para que moradores de bairros próximos e que são atendidos no local também assinem. “É a maneira que encontramos para que o dr. Ari retorne com seu atendimento em nossa unidade, estávamos todos satisfeitos com seu trabalho e aqui ele não envolveu política, quem trouxe confusão foi o prefeito e o dr. Simões” apontou uma paciente. 

Dr. Ari recebe diretor da ETEC em ‘gabinete’ na Praça da Bandeira

Anderson Sanfins, à dir., vistou o vice-prefeito em seu gabinete
na Praça da Bandeira. Fotos: Ivan Gomes

O vice-prefeito de Itatiba, Ari Hauck, o dr. Ari (Rede Sustentabilidade), recebeu em seu “gabinete” na Praça da Bandeira, durante a tarde de quarta-feira (11), Anderson Sanfins, diretor da ETEC Rosa Perrone Scavone.

O diretor do colégio público estadual, que tem sido destaque em várias partes do Brasil, passou pelo gabinete para cumprimentar o amigo. “Achei muito interessante o gabinete pois está em um local prático e acessível à população. Isso é fundamental para ouvir e

orientar as pessoas”, comentou Sanfins.

Além do educador, várias pessoas passaram pelo gabinete do vice. Como tem sido costume, muitos reclamaram sobre vários setores do serviço público, principalmente a saúde. “Está complicada a situação no município. Faltam médicos, remédios, entre outros problemas. Nós que precisamos do serviço, sentimos a dificuldade na pele”, afirmou uma reclamante.

Doutor, a saúde novamente em pauta. Há solução a curto prazo para os problemas reclamados pelos munícipes?

Não haverá solução enquanto o prefeito [João Fattori-PSDB] se manter insensível e incompetente. Nem Fattori nem Simões tem competência ou sensibilidade para planejar e administrar um sistema de saúde, muito menos uma cidade. Itatiba, diga-se a verdade, está em obras graças ao PAC II da Dilma e as “portentosas pontes estaiadas” do Alckmin-Fattori.

O “gabinete” na praça está com melhor estrutura. O senhor crê que em breve poderá ser um espaço para debates públicos?

Isso mostra que o Gabinete do Vice-Prefeito, negado pelo “Imperador”, veio para ficar.... ainda mais na Praça, que é o coração da cidade. Aqui é o local perfeito para sentir e ouvir a população. Todas as classes sociais passam pela Praça. Todos se interessam e tem um tempinho para trazer suas propostas. Com esta pequena estrutura [mesa, cadeiras e toldo] penso em vir mais vezes, especialmente por estar desempregado e aguardando publicação de minha aposentadoria como médico, solicitada há 2 anos. Conclamo os vereadores, já que o prefeito não tem ‘tempo’, a também virem aqui e debaterem com o povo.

Nova estrutura do gabinete do vice tem atraído atenção
das pessoas que passam pelo Centro

Fale sobre a visita do diretor da ETEC e também dos prêmios que o colégio tem conquistado devido ao trabalho da equipe de professores e empenho dos alunos.

Nossa ETEC recebeu a certificação de Escola Associada da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). Isso se deve a uma tradição criada pela equipe da ETEC dirigida pelo diretor Anderson Sanfins. São anos de dedicação e criatividade que contagia os estudantes levando-os a desenvolver um espirito criativo e crítico, trazendo todos os anos diversos prêmios para a cidade. Fico extremamente honrado com a gentileza desta visita.

O senhor acredita que a gestão da ETEC deve ser referência para a educação municipal?

Sem dúvida a ETEC com sua direção e equipe construíram um modelo educacional que transcende a questão técnica e avança como modelo para formação humanista dos jovens. Esta é uma característica das pessoas [professores e funcionários] que trabalham na ETEC e que são apoiadas e estimuladas por sua direção e reconhecidos e respeitados pela Fundação Paula Souza, felizmente ainda imune ás interferências políticas de ‘prefeitinhos empertigados’ pelo poder passageiro. Espero que este modelo de sucesso não atraia a sanha destruidora de um governo que será lembrado por sucatear as melhores universidades, institutos de ensino público do país.

‘A saúde em Itatiba está muito ruim’, diz moradora

Como tem ocorrido toda quarta-feira na praça, população
reclama sobre problemas do município ao vice-prefeito.
Fotos: Ivan Gomes

Uma usuária do serviço público de saúde de Itatiba desabafou ao vice-prefeito dr. Ari Hauck (Rede Sustentabilidade), que atende a população em seu “gabinete improvisado” na Praça da Bandeira. “É lamentável o que ocorre no município. A saúde aqui está muito complicada, falta medicamento e quem precisa de transporte sofre com a falta de manutenção dos veículos, quando consegue é ruim, o medo de ser vítima em algum acidente é grande, dá medo viajar nestes carros, isso é um descaso”, comentou.

Ainda de acordo com a reclamante, outro problema é a estrutura de alguns prédios, principalmente no bairro San Francisco. “Outro problema que temos enfrentado é em relação a um postinho de saúde. Parece brincadeira, mas toda vez que chove as goteiras na unidade molham tudo, é preciso até abrir guarda chuva no local”, afirmou.

Outros reclamantes foram pessoas que costumavam ser atendidas pelo vice-prefeito, que também é médico, na unidade de saúde no bairro dos Pires. “Não acredito que o senhor foi demitido! Como ficaremos? Temos carência muito grande de profissionais em nosso bairro e agora perdemos o apoio que o senhor nos dava. É muito triste ser tratado dessa maneira, não temos nada a ver com esta ‘politicalha’, com a dor de cotovelo do prefeito. Só queremos ser bem atendidos”, declarou um aposentado.

As reclamações sobre a saúde foram muito pesadas durante o gabinete de quarta-feira (4). Qual sua opinião sobre esse assunto?

O problema da manutenção dos veículos é o mesmo que acontece com a Guarda Municipal, Bombeiros e demais setores. Com certeza merece investigação urgente por parte dos vereadores, conforme denúncia já feita pelos parlamentares da oposição. De nada adiantou o prefeito [João Fattori – PSDB] mudar o controle da frota para o secretário de governo, desrespeitando o de Administração, pois só piorou a situação, mesmo com a prestigiosa Oficina Unidos, da família Bando, tendo ganho a licitação para os reparos automotivos.

A saúde tem sido a área com mais reclamação por parte da
população

Reclamações sobre a unidade de saúde do bairro San Francisco não é novidade. Há algum tempo existe o problema e ninguém resolve. O que tem ocorrido?

Acho que a UBS San Francisco II foi interditada para a troca de telhado, uma necessidade apontada desde o início das atividades. O maior problema da saúde é a má gestão. A administração do dr. Simões se baseia em fazer ‘esquemas tapa buracos’, não há o mínimo planejamento por total acefalia da secretaria. Raramente ele é visto na secretaria, assim como o prefeito nunca é visto na cidade.

E sobre o transporte de pacientes para serem atendidos em outras cidades, como isso pode ser resolvido?

Cada vez mais dependemos de médicos e especialistas em outras cidades. Se não fosse o governo Dilma liberar dez médicos cubanos para Itatiba, estaríamos no caos completo. Isso por total falta de valorização dos nossos profissionais. O secretário acredita que vai fixar o médico no serviço fazendo ‘esquemas’ e fechando os olhos para o não cumprimento de horário e redução dos dias de atendimento. Por outro lado, enquanto o prefeito não sair de cima do muro e dialogar com seriedade e sinceridade com os médicos, não haverá solução para falta de profissionais na saúde. Se o secretário respeitar o funcionário e o prefeito destinar para a saúde uma parcela dos seus gastos com publicidade, muita coisa se resolveria.

Com isso ficamos cada vez mais dependentes do transporte para outras cidades e cada vez irá piorar. A solução passa por nova concepção de recursos humanos e de logística de transporte, coisa que este governo é incapaz de conceber.

População lamenta saída de Ari Hauck da saúde

Próximo à população, Hauck foi muito cumprimentado pelos
populares. Fotos: Ivan Gomes

Populares que estavam na Praça da Bandeira, Centro de Itatiba, na quarta-feira (28), solidarizaram-se com o vice-prefeito Ari Hauck, o dr. Ari (Rede Sustentabilidade), que no dia 23 foi demitido de seu cargo de médico nos postos de saúde dos bairros Pires e Pinhal por pressão do prefeito João Fattori (PSDB) com o apoio do dr. Simões, secretário de saúde.

Em seu “gabinete” alternativo na praça, Hauck conversou com as pessoas que se mostraram indignadas com a atitude do chefe do Executivo. “Lamentável”, essa foi a palavra mais ouvida no momento em que os cidadãos conversavam com o vice-prefeito.

Algumas pessoas questionaram se Hauck prossegue como vice e ele confirmou para todos que sim. Mesmo com o problema enfrentado pelo vice, as pessoas reclamaram do estado de abandono do município, do excesso de buracos em ruas dos bairros e também do abandono da Praça da Bandeira.

“Há muitas ruas sem condições ideais para o tráfego de veículos, calçadas que não dão menor segurança ao pedestre. É muito abandono, como as obras inacabadas no Bairro do Cruzeiro. Tudo isso sem citar a praça que está abandonada. Hoje é quarta-feira e é impressionante a quantidade de lixo e sujeira pelos canteiros e passagens do local”, reclamou um morador.

Doutor, como o senhor sente a solidariedade que as pessoas estão tendo com o senhor devido a demissão?

Fico emocionado com a atenção e o apreço da população. Nada é mais gratificante que ver o trabalho que desenvolvemos ser reconhecido e saber que uma intervenção sua pode ajudar outras pessoas. Sinto muito pelos pacientes, especialmente as crianças e os idosos que eu acompanhava. Espero encontrar um modo de manter estes contatos.

Além das manifestações de solidariedade, populares fizeram
muitas críticas sobre o 'abandono' do município

O senhor não podia receber pelo cargo de vice-prefeito, devido ao trabalho como médico. Como ficará sua receita em relação à prefeitura com a demissão?

A lei veda o acumulo de vencimentos do serviço público com o do mandato eletivo e determina que se deve escolher entre o salário de vice e o salário que eu recebia por minha carreira de médico da Saúde do Governo do Estado onde ingressei em fevereiro de 1978.

Fazem 18 meses que pedi a aposentadoria, portanto não há mais este impedimento. Meu trabalho no PSF [Programa de Saúde da Família] era em contrato com o Hospital privado da Santa Casa, isso não me impediria de receber também o salário de vice-prefeito, situação igual a de todos os médicos com cargos na prefeitura como o dr. Simões ou o dr. Ovídio, ou com mandato eletivo como o dr. Parisotto. Todos recebem legalmente do poder público e da Santa Casa, ou de qualquer empresa privada.

Claro que pessoalmente fico muito prejudicado financeiramente e vou precisar complementar meu orçamento.

Como o senhor recebe as críticas feitas pela população em relação ao estado de abandono do município?

 As pessoas percebem facilmente que estamos sob uma administração eleitoreira. A prioridade é o marketing das inaugurações e obras visuais, as necessidades dos moradores são relegadas ao último lugar. Quem manda e decide é o prefeito segundo sua sacrossanta vontade, os secretários simplesmente obedecem de orelha murcha. Daí que muitos nem precisam trabalhar. Vejam se é possível encontrar com facilidade algum dirigente na Secretaria da Saúde, gostaria que imitassem o Mauro Delforno [secretário de Ação Social] que tem sua sala na porta da frente da secretaria.

‘Caça às bruxas’: prefeito demite dr. Ari

Mesmo com escassez de médicos, prefeito demite dr. Ari que
atendia em dois postos do município. Foto: Ivan Gomes

João Fattori demite médico que atendia em bairros rurais do município

No início da noite de sexta-feira (23), o vice-prefeito de Itatiba, Ariovaldo Hauck da Silva, mais conhecido como dr. Ari, recebeu do provedor da Santa Casa de Itatiba, Benedito Netto, carta de demissão. A partir daquela data, o vice-prefeito que atendia em dois postos de saúde do município, nos bairros Pinhal e Pires, teve sua prestação de serviço cortada pelo prefeito João Fattori (PSDB).

A carta de demissão foi assinada pelo provedor da Santa Casa devido ao convênio entre a entidade assistencial e prefeitura para contratação de profissionais da saúde que trabalham nos PSF (Programa de Saúde da Família). “Assumo riscos e assumi desde que escolhi minha profissão. Com isso construí minha trajetória sobre convicções políticas. Isso pode causar alguns tropeços, embaraços e alguns equívocos, mas não abrirei mão de minhas convicções devido a um déspota que irá passar. É uma escolha que fiz e pretendo continuar com meu trabalho, pois sou médico para atender pessoas e não para exibir as pompas da profissão”.

O serviço de saúde em Itatiba, assim como no restante do país, é um dos pontos de maior preocupação para população, de quem acredita no serviço, como para os trabalhadores da área. Com carência de profissionais e técnicos em vários setores da saúde, Itatiba estaria em séria crise, não fosse ter em seu quadro de médicos os profissionais cubanos do programa “Mais Médicos”, do Governo Federal. “Agora é seguir adiante e agradeço a todos os profissionais que atuaram ao meu lado neste período e agradeço o carinho de todos os pacientes”.

Sem explicações para demissão, tudo leva crer que Hauck foi vítima de perseguição política devido seu rompimento com a administração, sua atitude de cobrança e contestação com o Executivo e sua decisão em dar atendimento semanal como vice em praça pública, uma vez que não teve atendido seu pedido de ter um local no Paço Municipal para receber a população como vice-prefeito.

Com a demissão de Hauck, o município perde um profissional gabaritado para coordenação da área de saúde, pois está é sua área de experiência e inclusive de ensino na Faculdade de Medicina de Jundiaí. Os mais prejudicados serão, principalmente, os moradores e pacientes dos bairros onde o vice-prefeito exercia sua função de médico.  

Cidadãos reclamam sobre problemas da cidade para vice-prefeito

Ari Hauck, vice-prefeito de Itatiba, tem
atendido a população na Praça da
Bandeira. Fotos: Ivan Gomes

O “gabinete alternativo” do vice-prefeito de Itatiba, Ari Hauck, o dr. Ari (Rede Sustentabilidade), tem sido procurado por pessoas que não conseguem ser ouvidas pela maioria dos políticos. E devido sua presença na Praça da Bandeira, toda quarta-feira, o vice tem ouvido várias reclamações e também debatido ideias com cidadãos.

Despejo e lixo e entulho em áreas do bairro Santo Antonio foi uma das reclamações. “É incrível como as pessoas despejam toda sujeira em locais públicos. Muitos fazem em plena luz do dia, como se aquele espaço fosse destinado para descartes deste tipo”, comentou uma moradora do bairro.

Outro cidadão questionou Hauck sobre a morosidade para conseguir documentos na prefeitura. 

“Doutor, não dá para acreditar como demoram tanto para expedir algum documento. O problema é que a burocracia e demora atingem vários setores da administração e isso prejudica muitas pessoas”, destacou o reclamante.

Doutor, o despejo de lixo e entulho novamente à frente das reclamações. Como solucionar este problema. Além da falta de locais adequados para despejo, isto também demonstra falta de educação e consciência de parte dos cidadãos?

Seria muito precipitado culpar unicamente a população por uma cultura de vivencia social e coletiva egocêntrica. Não é apenas nesta questão do lixo que se busca a culpa no povo, mas também no mau uso da água, no abandono de animais, com as árvores nas ruas, com o estacionamento irregular, até com a corrupção. Para tudo isso há uma explicação sociológica, econômica e histórica, que inclusive se encaixa no conceito sócio-filosófico de “luta de classes”.

A população tem procurado o vice na praça para tratar de
diversos assuntos

Hoje temos que parar com isso de desenterrar o passado. Enquanto buscamos culpados o lixo vai se acumula vertiginosamente. Temos que ter a clareza das lições tiradas a partir de nossos erros.

Foi minha professora do primário quem me ensinou a não jogar papel na rua, meus pais eram muitos simples, vindos da roça. A merendeira me ensinou a usar garfo e faca. Elas representam o Estado, a administração pública. Se a prefeitura não oferece condições de recolher e tratar os resíduos sólidos, como culpar a pessoa que precisou de um sofá novo e não tem o que fazer com o velho? Até o trabalho da professora, que também é desmerecido, perde seu sentido. Ela ensina que não se deve jogar lixo na rua, mas onde jogar?

Desde 2010 propusemos a recuperação do Aterro e sua transformação em Usina de gás e energia elétrica. Desde 2012 o prefeito tem em mãos o Projeto de Tratamento de Resíduos Sólidos e nada fez, recebeu do Estado uma verba para construir os Ecopontos e nada fez.

Culpa do povo? Ou culpa da Dilma?

Morosidade para expedição de documentos, houve reclamações neste sentido. É falha de algum setor, falta de servidores. Qual a origem do problema e como ser solucionado?

Não é apenas uma questão de logística. Hoje a prefeitura até se encontra razoavelmente bem instalada, embora o acesso ainda seja difícil e seu custo muito caro [teria ficado mais barato construir prédio próprio]. Foi maquiada uma reforma administrativa, mas falta mesmo uma melhoria nos fluxos, melhora da comunicação, talvez treinamento de funcionários, menos burocracia e exigências mais racionais.

Falta de fiscalização de terceirizadas é motivo de reclamação

Dr. Ari conversa com cidadãos na praça e reclamações são
constantes. Fotos: Ivan Gomes

A falta de fiscalização por parte da prefeitura, referente aos serviços prestados pelas empresas terceirizadas, foi motivo de reclamação de algumas pessoas que conversaram com o vice-prefeito, Ari Hauck, o dr. Ari (Rede Sustentabilidade), em seu “gabinete” na Praça da Bandeira, Centro.

Alguns comerciantes da Praça da Bandeira reclamaram que os serviços de limpeza nas ruas e praças são feitos pela metade. A varrição não é recolhida em sacos, ficando amontoada no meio fio da rua ou nos canteiros da praça, que obriga outras pessoas a desempenharem dos prestadores terceirizados da Litucera. “Fazemos nossa parte e ainda do outro, pois o serviço não é executado de maneira correta. Isso ocorre pois não há fiscalização por parte da prefeitura”, destacou o empregado da loja.

Outro debate que surgiu em meio ao diálogo com a população foi a preocupação de alguns pais em relação a educação dos filhos. “Essa medida do governador [Geraldo] Alckmin [PSDB] tem nos preocupado. Será que faltará escolas para nossos filhos? Ou ficarão em salas super lotadas?”, questionou uma mãe, que preferiu não se identificar.

FISCALIZAÇÃO

Doutor, como o senhor recebeu a informação referente a falta de fiscalização por parte da prefeitura referente as empresas terceirizadas?

Não vemos fiscalização em nenhum setor da prefeitura. O prefeito não gosta de fazer cumprir a lei, pois isso não dá voto. Todos os setores são deficientes neste aspecto, faltam profissionais, faltam recursos materiais, veículos, treinamento e principalmente a integração entre estes serviços, desde a fiscalização de terceirizados à obras contratadas, fiscalização sanitária, código de postura, barulho, de construções, trânsito, ambiente e tudo mais.

Do modo em que estamos, os desordeiros e as pessoas mal-educadas são premiadas e fazem o que bem entendem, enquanto a maioria sofre pelo comportamento dos transgressores e pela omissão das autoridades.

Hauck fica mais próximo às pessoas com seu gabinete
na Praça da Bandeira

As reclamações foram acintosas. Isso chega aos responsáveis ou o senhor pensa que podem chegar mas não são levadas adiante? Como este problema pode ser solucionado?

Para isso tem que ter coragem, vontade política e respeito às leis e aos cidadãos que constituem a maioria ordeira. Primeiro tem que se reestruturar totalmente estes serviços de fiscalização. Repor a falta de funcionários por concurso, dando-lhes condição de trabalho e cobrando honestidade. Não é fácil, mas sem coragem e sem a vontade de fazer cumprir a lei, vai continuar tudo na mesma ou piorar.

Em relação a educação, qual sua opinião sobre as mudanças que o governador pretende implantar na rede de educação estadual?

Ainda não está claro onde o governador [Geraldo Alckmin] quer chegar. Tudo indica que é apenas uma ‘maquiação’ para economia orçamentaria, sem se preocupar com as consequências, provavelmente isto ficará em algum arquivo secreto por 100 anos.

Há décadas é pedido menos alunos por sala, tanto para o ensino, como para o conforto de estudantes e professores. Também se exige a extensão do turno escolar para tirar os jovens das ruas e das drogas e principalmente para lhes dar uma capacitação para a vida moderna, responsabilidade social e o empreendedorismo. Mais uma vez só vamos saber a verdade daqui 100 anos, se ainda alguém souber ler e escrever. 

Ari Hauck recebe presidente da Jappa em seu ‘gabinete’ na praça

O vice-prefeito Ari Hauck conversa com Sócrates Piovani em
'gabinete' na Praça. Fotos: Ivan Gomes 

O vice-prefeito de Itatiba, Ari Hauck, o dr. Ari (Rede Sustentabilidade), recebeu no início da tarde de quarta-feira (7), em seu “gabinete” na Praça da Bandeira, Centro – Itatiba, o presidente da Jappa (Jacaré Associação Para Preservação Ambiental), Sócrates Piovani, que fez várias reclamações sobre o descaso com meio ambiente no município.

Uma das reclamações de Piovani foi sobre a canalização de um córrego no bairro do Engenho, onde deve ser construído novo centro de compras. “Enquanto vários países da Europa, a Alemanha é um exemplo, revitaliza rios e córregos, em Itatiba vamos na contramão e temos a canalização de vários córregos”, comentou o ambientalista.

Além deste problema, o presidente da ONG (Organização Não Governamental) aproveitou a visita ao vice-prefeito e falou sobre projetos de desassoreamento de rios e córregos. “Vim reclamar ao Ari, pois todos nossos córregos estão assoreados. Também vim pedir informações em como ter vistas sobre processos de licenciamento ambiental”, comentou.

BOMBEIROS

Uma pessoa ligada ao Corpo de Bombeiros de Itatiba também procurou o vice pela Praça da Bandeira, para relatar problemas enfrentados pela corporação. “Esta semana foi um caos, principalmente na segunda-feira [5]. Todas as viaturas estavam em manutenção e a ambulância disponibilizada pela Santa Casa, não tinha com receber prancha de traumas. Os bombeiros precisaram fazer ‘milagre’ para conseguirem trabalhar. A situação deles está muito ruim”, comentou a pessoa que não quis se identificar.

ARI

Ari Hauck tem sido muito procurado pela população quando
está com gabinete ao ar livre

Doutor, na quarta houve relatos de problemas com meio ambiente e saúde. O que ocorre no município?

Falta de planejamento, falta de acompanhamento e reavaliação dos programas. Esta é uma administração ‘politiqueira’. Vejam um exemplo. A FATEC [Faculdade de Tecnologia] foi uma proposta de professores incluída no Plano de Governo em 2008. Era sabido que teria que funcionar em um prédio adaptado e quando foi anunciada em 2011 sugerimos a escola Isolina. Porque só agora isso foi decidido? Da mesma forma a falta de médicos, se não fosse a Dilma [Rousseff] mandar os dez médicos cubanos, Itatiba estaria num caos muito pior.

Os bombeiros ficaram sem nenhuma ambulância ou viatura do Resgate durante o início da semana, isso é muito preocupante. O problema ocorre por descaso ou foi uma coincidência todas terem problema ao mesmo tempo?

Já não é a primeira vez que isso acontece. A administração da frota, desde 2009, foi retirada da Secretaria de Administração e centralizada no Governo que faz uma logística de gabinete. Logística centralizada nunca deu certo em lugar nenhum do mundo.

O senhor tem grande preocupação com a causa ambiental. Como recebeu os problemas apontados pelo presidente da Jappa?

Um dos principais pontos que me levaram a ser vice do Fattori foi justamente o compromisso que ele tinha comigo de revitalizar os córregos da cidade. Isso foi reafirmado nos debates onde a JAPPA esteve presente. Com a criação das secretarias de Ambiente e de Planejamento parece que tudo piorou, mas antes já estava ruim, tanto que o Paulo Junqueira se demitiu do Ambiente.

Há soluções a curto e médio prazo para o problema ambiental e também para causa dos bombeiros?

Acredito que solução teremos apenas em 2017, com a eleição de um prefeito que fuja deste ‘modelito Fattori/Carbonari’ que privilegia especulação imobiliária, onde córregos são coisas de ‘ecochatos’.  O Corpo de Bombeiros só funciona porque seus funcionários são dedicados e dão a vida pelo que fazem. 

Vice-prefeito recebe presidente do Solidariedade em seu ‘gabinete’ na praça

O presidente do Solidariedade, David Bueno, foi recebido pelo
vice-prefeito, dr. Ari, na Praça da Bandeira . Fotos:
Ivan Gomes

Em mais um dia de atendimento à população na Praça da Bandeira, Centro de Itatiba, durante à tarde de quarta-feira (30), o vice-prefeito de Itatiba, Ari Hauck, o dr. Ari (Rede Sustentabilidade), recebeu visita do ex-vereador e ex-presidente da Câmara de Itatiba e atual presidente do Solidariedade, David Bueno.

“O David Bueno tem demonstrado que de fato tem uma preocupação com os destinos da cidade. Tanto ele como o dr. Parisotto, e outros pré-candidatos à prefeitura, tem mantido um diálogo muito positivo, buscando oferecer uma alternativa ao coronelismo da política local, deixando de lado as vaidades pessoais e buscando fortalecer a ideia de uma candidatura única das oposições”, destacou o vice-prefeito.

Ao final do papo ao ar livre, no “gabinete” improvisado na Praça da Bandeira, pois o prefeito João Fattori (PSDB) não cedeu espaço para que dr. Ari tivesse sua sala no Paço Municipal, Bueno falou sobre o trabalho de Hauck. “Vejo o dr. Ari como uma pessoa que além das dificuldades que ele tem com a atual administração, não deixa de trabalhar e atender a população”, afirmou.

O vice-prefeito tem atendido a população na Praça da
Bandeira, Centro

LIXO

Além do diálogo com Bueno, onde Hauck e o líder do Solidariedade colocaram em dia os assuntos sobre política partidária, cidadãos procuraram o vice-prefeito para relatarem diversos problemas. O mais decorrente desta vez foi em relação a quantidade de lixo jogado em terrenos e praças.

“Uma das reclamações mais frequentes é sobre o lixo não coletado. A situação é cada vez mais preocupante. Por onde quer que você ande, em qualquer bairro, se vê lixo jogado nas ruas e parece que a situação piora com o tempo. Tem escola sendo invadida por ratos vindos dos lixões de rua. Como entender o problema?”, questionou Hauck.

Ele disse também que apenas chamar de mal-educado aquele que despeja lixo em local proibido não explica e nem resolve o problema. “Para muitos é mais cômodo não se preocupar com a limpeza pública, o que demonstra falta de respeito ao próximo. Por outro lado, também parece haver uma revolta no ar, joga-se o lixo na rua como uma agressão a administração pública e ao governo. Esta também não é a atitude mais adequada para quem está indignado e revoltado, pois apenas prejudica os demais moradores e ainda pode provocar problemas de saúde e também aumenta o custo da coleta de lixo, o que retira recursos de outros serviços” explicou o vice.

Hauck lembrou que recentemente o próprio prefeito reclamou do despejo de objetos em locais inadequados. “De qualquer forma não adianta apenas reclamar por reclamar, como fez o próprio prefeito há alguns dias. Primeiro, o prefeito deve analisar melhor o que ocorre. A coleta está adequada? Como se faz a fiscalização? Depois, já passou do prazo de se implantar os Ecopontos, onde o cidadão pode levar os resíduos não previstos na coleta diária para um destino adequado. Finalmente, vamos continuar aterrando o lixo desprezando seu potencial energético? Em 2010 apresentei três projetos de transformação de lixo em energia elétrica e gás. O que foi feito?”, indagou.

‘Ainda temos justiça nesta terrinha’, diz vice-prefeito

O vice-prefeito de Itatiba, Ari Hauck, acionou à Justiça para
participação da escolha de conselheiros da Saúde. Foto: Ivan Gomes

O vice-prefeito de Itatiba, Ari Hauck, o dr. Ari (Rede Sustentabilidade), entrou com mandado de segurança contra o Conselho Municipal de Saúde para garantir sua participação como médico representante dos trabalhadores da Saúde na eleição dos conselheiros que seria realizada na tarde de quarta-feira (23). “Tenho todo direito de participar. Tentaram impedir, fui obrigado a entrar com mandado de segurança e a Justiça garantiu meu direito de participar. Ainda temos justiça nesta terrinha”, declarou.

As regras do Conselho partem do princípio de que é importante garantir sua autonomia frente à Gestão Política. Com atuação em Itatiba há mais de 30 anos, Hauck tem preocupação com os funcionários da saúde, dos pacientes e usuários do SUS para manter a qualidade do atendimento. “Minha atuação é técnica, já que esta é minha especialidade na medicina, inclusive é minha disciplina de ensino na Faculdade de Medicina de Jundiaí. Só voltei à política porque acreditei que o [prefeito João] Fattori fosse fazer um governo transparente e eficiente, especialmente na saúde”, comentou. “Empenhei-me desde o início em garantir a autonomia do Conselho de Saúde, mas fui boicotado.  Agora querem me impedir justamente por ser vice-prefeito.”

“Para melhorar a Saúde e a Administração, vice é um nada; mas para ser Conselheiro, então não pode, porque representa o Poder Executivo. Seria cômico se não fosse triste!” 

Hauck comentou que o impedimento não tem base legal, sendo mais uma jogada política. “Nossa administração tenta uma vez mais me isolar e impedir que minhas opiniões divergentes exponham o gestor da saúde e que seus esquemas sejam trazidos a público e a julgamento”, destacou. “Na semana que passou o Conselho Municipal de Saúde deixou-se submeter mais uma vez à pressão do autoritarismo e assinou parecer do jurídico do prefeito tentando impedir que eu participasse das eleições para renovação do Conselho”.

Devido ao fato do jurídico tentar impedir sua participação como médico pelo fato de ser vice-prefeito, portanto, vinculado ao Poder Executivo. Hauck recorreu à Justiça. “Fui obrigado a pedir mandado de segurança para garantir meu direito de ter voz ativa no Conselho Municipal de Saúde e este direito foi reconhecido pelo Judiciário, garantindo meu direito de representar os profissionais que trabalham na Saúde”. Com o mandado obtido por Hauck, a escolha dos representantes foi transferida para a terça-feira (29), às 14h, no auditório do Paço Municipal.